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sábado, 1 de setembro de 2012

Anilhamento dos filhotes de curió

Certa feita um grupo de criadores discutiam qual seria o melhor momento para procederem ao anelamento dos seus filhotes, no calor das discussões que a cada momento se acirrava com a presença de um novo participante que ao entrar no meio da discussão expunha os mesmos argumentos sustentados pelos anteriores e se punha a detalhar vantagens e desvantagens quando alguns de ânimos exaltados já praticamente gritavam quando foram todos interrompidos por um grande “Mestre” que a todos escutava sem se perturbar, e disse : Os filhotes não são meus? Responderam São, portanto eu anelo no dia que eu quiser e está acabada a discussão. No que todos obedeceram.
Esta pequena história nos mostra que cada criador tem os seus próprios motivos e métodos para procederem ao anelamento dos filhotes, acreditam todos que estão fazendo o correto, o melhor, no entanto observamos a inexistência de unanimidade no emprego dos métodos que nem sempre são os melhores, daí o grande interesse sobre este importante tema que é o anelamento.

O Anelamento, Quando e Porque?

Costumo proceder ao anelamento dos filhotes ainda em vida ninhenga buscando com tal procedimento evitar o stress da captura e possíveis traumas no tarso que inevitavelmente ocorrerá após a saída dos mesmos do ninho. A vida ninhenga como todos sabem é de 13 dias no caso do curió, portanto devemos escolher o dia mais adequado entre estes, para proceder ao anelamento de forma eficiente e sem traumas ou conseqüências.

Costumo proceder da seguinte maneira:
Elimino os quatro primeiros dias tendo em vista que os filhotes ainda são muito pequenos e requerem um manuseio muito delicado, as anilhas ficam muito grandes no seu tarso chamando com muita facilidade a atenção da fêmea que poderá retira-las provocando um sério acidente, quando não os atira fora do ninho. Ainda poderá acontecer à saída da anilha por simples ação da gravidade, e só daremos conta do problema no 13° dia quando ocorrer à saída natural do ninho.

Elimino os cinco últimos dias tendo em vista dois aspectos:
No primeiro aspecto os filhotes já se encontram com os olhos abertos e tendo uma visão antecipada do mundo que o cerca ficarão assustados e inquietos por já terem a capacidade de assimilar possíveis interferências que ameacem a sua segurança no interior do ninho.
No segundo aspecto se o anelamento for efetuado a partir do 10° dia fatalmente os filhotes recusarão permanecerem no ninho, esta intervenção provocará a saída precoce dos filhotes ainda emplumes podendo provocar a sua morte.
Nos restaram apenas quatro dias ou sejam: 5°; 6°; 7°; 8°, que nãoapresentam maiores problemas no entanto podemos argumentar que:
Por usarmos anilhas com diâmetro de 2.5 mm preferimos o 5° dia ou 6°no máximo.
Por usarmos anilhas 2.8 mm preferimos o 7° dia ou o 8° quando o filhote embora iniciando o processo de abertura dos olhos ainda não o fez totalmente e com certeza estará mais desenvolvido para suportar a manipulação.
Salientamos ainda a existência de uma maior ou menor capacidade por parte da fêmea em aceitar um corpo estranho preso nas pernas dos seus filhotes. Este é um problema muito sério que merece porparte do criador uma atenção toda especial independentemente dodia em que se procedeu ao anelamento, muitas recomendações epráticas outras são postas em evidência para resolver ou minimizar o problema: Pessoalmente anelo os filhotes no 8° dia ao entardecer após remover o brilho das anilhas com um pouco de fuligem que pego na chaminé da churrasqueira, tal procedimento evita que o brilho da aninha chame a atenção de fêmea e, como já começa a escurecer a fêmea logo se empoleira para dormir e os filhotes buscam acomodar-se no ninho escondendo totalmente as anilhas. No dia seguinte a fêmea não lembra de mais nada e só se preocupa em encher os papos que amanhecem vazios e os tornam esfomeados. Desta forma, não tenho a relatar um só caso de rejeição por parte das fêmeas.
Outra prática bastante comum é a de proceder ao anelamento no 7° ou 8° dia pela manhã tendo em vista que se ocorrer rejeição teremos todo o dia para resolver o problema, saliento ainda que neste sistema também se acerca de cuidados quanto ao brilho das anilhas. Esta forma de proceder também é muito segura.

Acreditando ter esgotado o assunto, ou pelo menos os seus aspectos mais importantes, levei em conta que o processo de por o anel, que é muito simples:
Seguramos o filhote com a mão esquerda e selecionamos com os dedos polegar, indicador e anular da mesma mão o pé que ira receber o anel. Agrupamos os três dedos dianteiros com o uso de vaselina sólida para que fiquem estirados e unidos, aí introduzimos o anel até atingirmos a articulação com a mão direita. Dobramos o dedo traseiro para alinharmos com o tarso e efetuando movimentos circulares na anilha ultrapassamos a articulação, ai soltamos o dedo traseiro e levamos a anilha até junto do pé.


Fonte: Gilson Barbosa-BA.



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